Cartazes Turísticos: Tão Perto, Tão Longe

Fonte: Sesc Digital

A série de cartazes turísticos Tão Perto, Tão Longe apresenta ilustrações criadas por Marília Marz, que retrata importantes lugares de memória paulistanos que nem sempre fazem parte do repertório turístico da capital de São Paulo. Inspirados nos pôsteres turísticos popularizados no Brasil desde a década de 1950, os arquivos estão disponíveis para baixar, criando a possibilidade de serem impressos e também se tornarem cartazes que possam ser pendurados nos espaços, valorizando e destacando ainda mais esses locais e suas histórias.

Marília Marz é formada em arquitetura e trabalha com expografia e design gráfico. É também ilustradora e quadrinista independente.

A ação faz parte da oitava edição da Jornada do Patrimônio, evento promovido pelo Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo – DPH/SMC, com apoio institucional do Sesc São Paulo. Em 2022, ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, com a abertura de imóveis históricos ou de interesse cultural para visitação, realização de roteiros de memória e ações virtuais.

Este ano, a Jornada tem como tema Tão Perto, Tão Longe, que busca evidenciar a memória social e o patrimônio dos diferentes grupos sociais presentes na cidade, priorizando atividades que aconteçam em regiões não centrais, assim como temáticas que nem sempre estão no centro dos debates.

Saiba mais sobre os cartazes, quem são as pessoas e quais são os lugares representados em cada ilustração nos itens abaixo. É possível baixar* em alta qualidade para impressão!

*Estes arquivos têm alguns direitos reservados:
– Atribuição: De modo virtual, as imagens podem ser utilizadas desde que faça referência à autora e ao Sesc (Marília Marz/Sesc SP)
– Não comercial: as ilustrações podem ser impressas para uso livre, mas não para fins comerciais.

Perus

Como muitos outros moradores de Perus – distrito localizado no extremo noroeste paulistano, há mais de 30 km do Marco Zero da cidadena divisa com os municípios de Caieiras e Cajamar – Seu Tião, como era conhecido Sebastião Silva Souza, como muitos outromoradores de Perus, trabalhou na Fábrica de Cimento Portland Perus (1924-1987), que produzia parte do cimento para alimentar a urbanização da cidade e do Brasil. Assim como ele, trabalharam seu pai e seus irmão, marcando a memória dos moradores da região.

Foi em 1962, que operários da Companhia paralisaram a fábrica utilizando a filosofia da não-violência-ativa para reivindicação de direitos civis e trabalhistas. O que não sabiam naquele momento era que esta seria a maior greve que se tem notícia no Brasil, durando 7 anos (
até 1969).

Os 
Queixadas (um tipo de porco do mato que fica forte quando está em bando), como se autodenominavam, são memória e tempo presente em Perus.

José 
Soró
 foi uma das pessoas que viu que este movimento se reatualizava nos grupos jovens que estavam ali e traziam em sua prática, mesmo sem saber a “Firmeza Permanente” dos Queixadas, assim como a atuação coletiva e conhecimento de suas raízes. Ele fez parte do Quilombaque, importante comunidade cultural de Perus que atua no fortalecimento da arte, cultura e memória na região.

Hoje, o território é um museu social, o 
Museu Territorial de Interesse da Cultura e da Paisagem Tekoa Jopo’í, que abarca o território Perus, Anhanguera e Jaraguá. Este e as trilhas de memória foram criadas pela organização local, a partir do Plano Diretor (2014) que aprovou a criação dos Territórios de Interesse da Cultura e da Paisagem (TICP), instrumento de gestão urbana, que reconhece regiões como significativas para a cultura e a memória da cidade.

A fábrica foi tombada como patrimônio histórico de São Paulo em 1992. O
 Centro de Memória Queixadas, que tem o objetivo de resgatar e documentar a memória operária do bairro de Perus, tem hoje o nome de Sebastião Silva de Souza, falecido em 2011. E a Biblioteca local foi apelidada com o nome do educador José Soró, falecido em 2019.

Para imprimir*, baixe aqui este cartaz em alta resolução!

*Este arquivo tem alguns direitos reservados:
– Atribuição: De modo virtual, as imagens podem ser utilizadas desde que faça referência à autora e ao Sesc (Marília Marz/Sesc SP)
– Não comercial: as ilustrações podem ser impressas para uso livre, mas não para fins comerciais.