Quilombaque na TIME!

Na semana passada, a Comunidade Cultural Quilombaque saiu em uma matéria da revista TIME, sobre quilombos urbanos – núcleos de luta e resistência que fortalecem a identidade negra e atuam no combate ao racismo sistêmico presente em nossa sociedade. 

“Nosso principal objetivo é combater o genocídio da população negra”, disse Clébio Ferreira (o Dedê), 36, a TIME. Ele fundou a Quilombaque (em Perus) ao lado de seu irmão Cleiton, mais conhecido como Fofão, em 2005. “Quando construímos um quilombo, estamos nos unindo para construir um novo mundo”, enfatizou Dedê. 

Dedê, 36 anos, um dos fundadores da Comunidade Cultural Quilombaque

Bianca Santana, escritora e ativista radicada em São Paulo, afirma que a “intensificação do conflito racial” no Brasil impulsionou o crescimento desse movimento. “Estamos vendo uma proliferação de aquilombamentos – nas favelas, nas universidades, nos movimentos literários, no hip hop – porque a comunidade negra precisa se reorganizar”, disse ela.

Em agosto, Tamara Franklin, música mineira de 29 anos, lançou o álbum Fugio – Rotas de Fuga para o Aquilombamento. Franklin conta que só recentemente começou a aprender sobre a história dos negros que escaparam da escravidão para formar quilombos e leu muito sobre eles durante a pandemia.

 “Quando eu olho para a situação do negro no Brasil hoje, vejo que a fuga ainda é necessária. Ainda precisamos fugir desses territórios, que nem sempre são físicos, às vezes são econômicos, políticos, sociais., afirma Franklin. 

Para sua geração, diz ela, quilombo significa “um lugar onde podemos nos encontrar com nossos iguais e cuidar uns dos outros. Mesmo que não seja um território físico.” Arte e música sobre aquilombamento, oficinas de ativismo cultural e político e conexão nas redes sociais podem proporcionar esse espaço.

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