José Aparecido Duarte

Sobre

"José Aparecido Duarte é natural de Penápolis, município do estado de São Paulo. Ainda na infância se mudou para a cidade de Nova Esperança e depois para Marluz, ambas no Paraná, onde viveu até os 22 anos de idade.

Em Agosto de 1974 veio para São Paulo pela primeira vez, mas permaneceu apenas 60 dias pois, por ser uma pessoa nascida e criada na zona rural, não conseguia se identificar com a cidade. No campo ele e sua família tinham um pequeno sítio do qual provinha o seu sustento, porém depois de alguns anos e da morte de seu pai, o sítio já não era mais suficiente para atender toda a família, que decidiu vendê-lo.

No ano de 1978, já casado, com uma filha e sua esposa grávida decidiu voltar a São Paulo. Por intermédio de um amigo da família, no dia 25 de Abril de 1978 passa a trabalhar na Fábrica de Cimento Portland Perus.

José Aparecido entrou na fábrica como Auxiliar de Operador de Amostra, onde coletava amostras de materiais. Ficou nesta função por aproximadamente quatro anos. Passou a ser Operador de Amostras e após dois anos Auxiliar de Analista Químico.

No ano de 1983 entrou para o sindicato e foi convidado a integrar uma chapa que concorreu à administração do mesmo. A chapa foi eleita e José assumiu o cargo de Suplente do Conselho Fiscal.

Quando estava prestes a assumir a diretoria do sindicato, recebeu um informe da administração da fábrica dizendo que se ele abrisse mão de sua candidatura, seria promovido a Analista Químico. José Aparecido devolveu a carta dizendo que não sairia do sindicato e que a fábrica deveria efetivá-lo para que o trabalho fosse feito como deveria. A fábrica o fez e ele continuou tanto no sindicato, quanto na função de analista à qual havia sido promovido.

Por volta do ano de 1984, já com José na Função de diretor, o sindicato aderiu à primeira greve convocada pela CUT, paralisando 95% da Fábrica de Cimento. O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Cimento, Cal e Gesso de São Paulo passa a ser então o terceiro sindicato do Brasil a se filiar à CUT.

Em 1986 sai da fábrica de cimento e passa a dedicar-se exclusivamente para o sindicato. Neste ano acontece uma greve pela equiparação de salários dos trabalhadores da Portland Perus com os demais trabalhadores da categoria que já ganhavam cerca do dobro do valor. 92 famílias aderiram à greve.

José foi perseguido e chegou a ser levado para depor no serviço reservado da polícia, por ser considerado um líder da greve.