José Soró é homenageado na 1ª FLINO

Articulador cultural faleceu precocemente no final de 2019

Mestre Soró, como é chamado por todos em Perus e no território Noroeste, nos deixou no ano passado, aos 55 anos. A FLINO – Festa Literária Noroeste (2 a 5/12)  não poderia deixar de prestar sua homenagem a essa grande pessoa. 

Soró era comunicador popular desde os anos 1980. Importante articulador da região, fez parte da gestão da Comunidade Cultural Quilombaque e foi mentor de outros coletivos locais.

Sempre focado na autossustentabilidade do povo preto e periférico, acreditava na força da juventude e difundia a “sevirologia”, a arte de se virar, como prática. Para ele, era preciso “ferver o território”, criando a hashtag #FerveTerritório em suas produções.

Multitarefas, José Soró colaborou na construção do Território de Interesse da Cultura e da Paisagem (TICP) Perus-Jaraguá, instrumento do Plano Diretor de São Paulo que reconhece a potência cultural e histórica da região. 

Ao lado de Valéria Pássaro, foi gestor do centro de acolhimento para jovens Casa Taiguara e, desde os anos 1990, lutava pela reapropriação do antigo  prédio da Fábrica de Cimento de Perus. Como muitos moradores do bairro, Soró sonhava em transformar a edificação em um centro de cultura e memória e em uma universidade livre e colaborativa.