José Soró: representação de força, inteligência e humanidade
“Ele era transgressor, olhava as necessidades do presente, mas mirando para o futuro”.
A abertura da FLINO – 1ª Festa Literária Noroeste, realizada do dia 2/12, prestou homenagem ao pai da Sevirologia, José Soró. Foi uma conversa muito emocionante e cheia de gratidão por tantos ensinamentos do mestre.
Beth Pedrosa, da Biblioteca Municipal Padre José de Anchieta (Perus), mediadora da mesa lembrou da primeira vez que compartilhou o desejo de realizar uma festa literária. “O Soró topou de cara. Isso nos lembra de que grande parte do que a gente faz se deve aos estímulo dele”, disse. Ela tem lutado pela mudança do nome da biblioteca para José Soró.
Valéria Pássaro, educadora social (e companheira de vida do Soró por 18 anos, até a sua passagem no final de 2019), iniciou a sua fala agradecendo todas as homenagens feitas. “Em seu último aniversário, ele disse que era a combinação de tudo que viveu em seus 55 anos”, contou. Ela também destacou a potência das mulheres do território Noroeste e citou Beth, Jéssica Moreira e Angélica Müller, que compõem a organização do evento.
A educadora falou sobre a vida de Soró, desde a sua chegada em São Paulo, após a morte de seu pai, quando tinha por volta de 10 anos. A família anteriormente vivia em uma fazenda no Mato Grosso. Chegando em Perus, Soró foi matriculado na escola pelo seu tio Gervásio, nessa mesma época ele se encantou pela história dos Queixadas. “Ele escolheu estar do lado dos Queixadas. Ele carregava isso com ele como referência de luta e de força”, contou.
Cleiton Ferreira, o Fofão, da Comunidade Cultural Quilombaque, falou sobre o sonho de Soró em fortalecer o território Noroeste e da importância das ações que têm sido realizadas. “Ele era um encantador, conseguia encantar as pessoas com a sua palavra. A gente ter que ter o máximo respeito por ter cruzado conosco. Ele foi um grande incentivador de sonhos”, disse.
Confira a abertura na íntegra: